O Instituto Camará Calunga recebeu o Prêmio “Neide Castanha” de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, na categoria ‘Boas Práticas no Enfrentamento à Exploração Sexual Como Uma das Piores Formas de Trabalho Infantil’. Devido às medidas de prevenção ao coronavírus, o anúncio dos ganhadores foi feito através de uma live na página Faça Bonito, do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.
O vice-presidente do Instituto, José Eduardo Gama Noronha, destaca a importância desta conquista. “Nos sentimos honrados com essa premiação, reconhecimento de uma trajetória que começou lá em 1998 com o projeto ”As Meninas” e que partilhamos com muitos dos outros homenageados”. A secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Karina Figueiredo, destacou que diversas ações e produções foram realizadas a partir deste projeto. É o caso do livro “As Meninas da Esquina”, de Eliane Trindade; e do filme “Sonhos Roubados”, de Sandra Werneck.
O Prêmio faz referência a Neide Viana Castanha, militante cuja trajetória sempre passou pela defesa de crianças e adolescentes contra as violências e explorações, em especial a sexual. Formada em Serviço Social pela PUC de São Paulo, trabalhou com crianças de rua e, na década de 1990, mobilizou-se pela aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Atuou por 15 anos no Centro de Referência, Estudos e Ações sobre Crianças e Adolescentes (Cecria) e esteve por sete anos a frente da secretaria executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. Faleceu em 2010, aos 55 anos, vítima de câncer.
22 anos de atuação – O Instituto Camará Calunga foi fundado em 1997 na cidade de São Vicente e tem como principal objetivo defender e promover os direitos humanos, em especial de crianças e adolescentes. Seu trabalho, reconhecido internacionalmente, foi condecorado com o XVIII Prêmio Nacional de Direitos Humanos, o 11º Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos e o 8º Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos. Seu trabalho é apoiado por organizações públicas e privadas, como a Fundação Itaú Social.
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